quarta-feira, 9 de setembro de 2015

MAIS UM DURO GOLPE NA ECONOMIA BRASILEIRA


A agência de classificação de riscos, Standard and Poor's, acabou de rebaixar o Brasil, tirando-o do "grau de investimento" e o classificando em "grau especulativo".
O que isso significa?
O Brasil perdeu o selo de bom pagador no mundo.
Quais são as consequências?
1. Todos os empréstimos para o Brasil, a partir de agora, terão uma taxa de juros maior, pois o risco do "calote" ficou maior.
2. Muitos fundos e investidores poderão retirar o seu capital do país daqui por diante por exigência de seu estatuto que permite apenas investir em países com o "grau de investimento".
3. Com a saída de capital do país, a pressão sobre o câmbio aumenta ainda mais, podendo gerar uma maior desvalorização do Real. É fato que, como o mercado já esperava este rebaixamento, parte já esteja precificado, mas ainda há espaço para uma maior desvalorização que pode elevar o dólar a patamares maiores que 4 reais e o dólar turismo mais perto de 5.
4. Com a desvalorização do Real, a dívida do governo e de muitas empresas vai aumentar significativamente, muitos preços de produtos com componentes importados vão subir, com isso, causando uma maior pressão inflacionária, tirando ainda mais o poder de compra da população.
Por que isso aconteceu?
É um conjunto de fatores, mas o principal deles é o excesso de gastos do governo que apresentou recentemente um orçamento com 30 bilhões de déficit. Além disso, a falta de força política do governo, uma baixíssima aprovação enfraqueceu ainda mais o governo, tirando dele agilidade para resolver a economia a tempo, aumentando a inflação, o desemprego e a recessão.
O cenário de corrupção que permeia a política no país, em especial o prejuízo gerado aos acionistas da Petrobras, no Brasil e nos EUA, aumentou a desconfiança com a condução do governo brasileiro e a condução da economia.
Fique claro que qualquer crise internacional influencia a economia de TODOS os países do mundo, mas cada um deve ter competência e agilidade para gerir bem sua economia de maneira a manter-se sadio, como vemos inúmeros países crescendo, o que infelizmente não aconteceu por responsabilidade do governo brasileiro e suas políticas equivocadas.
O Brasil conquistou o "grau de investimento" em 2008. 7 anos depois, segundo a Standard and Poor's, deixamos de ser atrativos o suficiente para os investidores.
Se o governo não for capaz de resolver o ajuste fiscal, não reduzir os seus custos e não mudar este cenário nos próximos 2 anos, estamos apenas no princípio do que viveu a Grécia recentemente

quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Mais SPED em 2016: será que o comércio precisa se preocupar?

Possivelmente você pensa que o SPED seja assunto para o seu contador, quando muito envolvendo ainda o pessoal de tecnologia. Eu também já acreditei nisto. Mas, desde quando publiquei o primeiro livro sobre o tema, em 2008, imaginei que não seria bem assim. Vamos ser sinceros, alguém já te explicou, de forma clara e simples, o que é o SPED e quais são as consequências dele para a sua empresa?
Vamos imaginar o governo como seu sócio. Na prática, ele é! E quer saber como são feitas suas compras – de quem compra, quanto compra e paga, quais os itens e quantidades e os tributos envolvidos. Quer saber como vende, para quem, por qual valor, quantidades e impostos. Ainda, ele pede informações detalhadas sobre seus estoques, item a item, quantidades e valores. Você também é obrigado a informar seus pagamentos, recebimentos, custos, folha de pagamentos e a memória de cálculo da apuração de cada tributo.

Sócio de milhões de empresas, o governo submete esses dados em arquivos digitais padronizados compondo uma verdadeira sopa de letrinhas: EFD-ICMS/IPI, EFD-Contribuições, ECD, ECF (que não é o ECF do Cupom Fiscal), NF-e, NFS-e, NFC-e, MDF-e, CT-e, entre outros.
Todos estes arquivos são assinados eletronicamente com os tais certificados digitais. Esse tipo de tecnologia, no Brasil, tem validade jurídica para todos os fins. E cada um tem uma periodicidade definida para a transmissão das informações.
A partir de 2016 teremos mais letrinhas despejadas no panelão da sopa: eSocial e Bloco K. O primeiro trata das informações sobre seus funcionários – como e quando eles são admitidos, promovidos, demitidos, entram em férias, são afastados, submetem-se a exames médicos. Pede ainda informações sobre cada contracheque e os programas de medicina, saúde e segurança dos trabalhadores.
O objetivo do governo é fazer com que as empresas cumpram mais rigorosamente a legislação trabalhista e previdenciária. Além, é claro, de aumentar a arrecadação dos tributos identificando de forma eletrônica (e rápida) uma série de pequenas (e grandes) fraudes que ocorrem com o FGTS, as contribuições previdenciárias e o imposto de renda das pessoas físicas.
Já o Bloco K é um novo “pedaço” do SPED Fiscal que inclui informações para controle da produção e dos estoques. O “sócio” quer conhecer a ficha técnica de cada produto, sua composição, as etapas do processo produtivo, o que foi consumido e produzido em cada etapa, e, claro, as perdas e insumos que foram substituídos. As quantidades devem ser coerentes com as compras dos insumos e a venda dos produtos, considerando as perdas “normais”.
O foco da fiscalização é a indústria de transformação e as empresas que fazem beneficiamento, montagem, acondicionamento ou reacondicionamento, renovação ou recondicionamento. Essa exigência é determinada aos estabelecimentos industriais, ou a eles equiparados pela legislação federal, e aos atacadistas, e o Fisco ainda poderá exigi-la para outros setores.
Há uma série de outras situações que tornam uma empresa obrigada a enviar o tal do Bloco K. Se ela é importadora, ou comercializa produtos importados por outra filial da mesma empresa, ou mesmo comercializa produtos industrializados de outros estabelecimentos da mesma empresa. Enfim, é preciso uma análise mais criteriosa para ter certeza se você está obrigado ou não à entrega das informações do temido bloco.
Mas, o que há em comum entre o eSocial e o Bloco K? Seu contador jamais conseguirá entregá-los para o “sócio” sem a sua “ajuda”. As informações destes arquivos dependem de uma boa administração empresarial. Sem gestão de compras, vendas, produção, estoques e recursos humanos não dá nem para começar a pensar em SPED.
Por fim, não se esqueça de que nosso “sócio”, ainda por cima, é fofoqueiro. Recebe dados enviados por seus fornecedores, clientes e parceiros. Portanto, nem pense em fornecer informações falsas, incompletas ou incoerentes pra ele!


terça-feira, 1 de setembro de 2015

Comportamentos do Consumidor em um Contexto de Serviços

Compreender como se comportam os consumidores está no coração do marketing. É satisfazendo as necessidades de pessoas e empresas e respeitando os interesses da sociedade e do meio ambiente que construímos negócios financeiramente sustentáveis. Precisamos entender como as pessoas tomam decisões de compra e do uso de um serviço, bem como o que determina sua satisfação após o consumo. Sem isso, nenhuma empresa pode esperar criar e entregar serviços que resultem em clientes satisfeitos e em sua fidelização (LOVELOLOCK, 2011, p. 47).

O consumidor é influenciado em seu comportamento de compra. Pode-se destacar como consumidor, todo indivíduo que procura algum produto ou serviço para satisfazer suas necessidades, revendê-lo, ou, todavia compram bens ou serviços para outras pessoas. Conforme destaca Vale (2003, p.44) “o sucesso nos negócios, não é determinado pelo produtor, mas pelo consumidor”.

 O processo de compra do consumidor se finda na satisfação das suas necessidades, que são levadas pelo seu lado emocional ou pelo seu lado racional, que se deriva muitas vezes de sensações internas como a fome, cansaço, sede ou apelo emocional. O processo de compra pode ser oriundo de estímulos externos, como a influência exercida por uma propaganda para aquisição de determinado produto, o convite para um casamento ou aniversário.

O consumo de serviços, de forma geral, se desenvolve por meio de processos complexos que podem ser divididos em três fases principais: pré-compra, encontro de serviços e pós-encontro.


Por Ginaldo Oliveira
Trecho do TCC apresentando no curso de Administração, 2013.